quarta-feira, 28 de abril de 2010

SAPO CURURU 2010

Sapo Cururu // O "lado B" do festival

Há seis anos, um movimento de contestação tomava corpo com a criação da Mostra de Cinema Sapo Cururu. Aliando exibição de filmes, shows e homenagens com intenções críticas e bem-humoradas, este ano o evento independente cresceu para cinco dias e continua investindo em ser o "lado B", o extremo oposto do que representa o Cine PE. "Um festival não se faz pela quantidade de filmes, mas pela qualidade do que é oferecido ao público", diz Jura Capela, o organizador.
A programação começa hoje, às 19h, no Cine São Luiz, com entrada franca e a projeção de quatro filmes: os longas Aitaré da Praia (1925), um dos marcos do Ciclo do Recife, realizado por Ary Severo e Gentil Roiz e do documentário Belair (2009), de Bruno Safadi e Noa Bressani, sobre a produtora dos cineastas Júlio Bressane e Rogério Sganzerla, que nos anos 1970 sofreram censura e tiveram que sair do país; e os curtas A descoberta do mel, da brasiliense Joana Limongi, e Teatro da alma, da pernambucana Deby Brennand. Com fotografia de Jura e montagem de Grilo (da Telephone Colorido), A descoberta do mel é inspirado na obra homônima do pintor renascentista Piero di Cosino.
Na sexta-feira, às 23h, a atração principal da festa no Bar Catamarã (bairro de São José) será o show do performer, músico e escritor carioca Fausto Fawcett, que retorna ao palco e marca o retorno da godiva do Irajá, Kátia Flávia. Entradas a R$ 20.
Na noite de sábado, uma reunião entre cineastas e patrocinadores será realizada na Oficina Brennand (Várzea). Uma mostra de filmes que não se explicam e a cerimônia de premiação encerram o evento. Este ano, os vencedores receberão troféu em formato de sapo em tamanho natural, confeccionado e assinado por Francisco Brennand. Entre as categorias, adianta Jura, estão a de melhor cineasta, melhor representante do cinema fora do país e melhor funcionário público artista plástico.
Apesar do upgrade, Jura garante que o que há de contracultura no Cururu será mantido. "Quero que ele continue pequeno e trazendo filmes que dificilmente seriam exibidos aqui de outra forma. A ideia é aprofundar a cultura audiovisual do estado e não ser algo que fique no raso". (André Dib)
http://www.diariodepernambuco.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário